Muito já foi dito, debatido e discutido sobre a condição da mulher na sociedade. Desde o início do século 20, muitas manifestações sobre igualdade de direitos civis tem sido feitas e ainda que não em sua totalidade, as mulheres conseguiram sua independência, tanto financeira quanto cultural e humanística.
Um incêndio em uma fábrica têxtil, em 1911, 25 de março, onde morreram 125 mulheres e 21 homens, greve de trabalhadoras em 1857, Nova Iorque, e inúmeros acontecimentos ocorridos durante o século 20, tornaram possível deixar realmente à vista de todos a real condição de vida das mulheres.
Em Copenhague, Dinamarca, 1910, aconteceu o VIII Congresso da Internacional Socialista, e vemos na frente, na imagem abaixo, Alexandra Kollontai e Clara Zetkin, batalhadoras e precursoras da criação do Dia Internacional da Mulher.
De simples trabalhadoras que tinham carga horária de cerca de 15 horas diárias, trabalhos domésticos, sem a permissão de voto, sem a permissão de dirigir veículos, e em alguns países até proibidas de estudar, conseguiram com muita luta conquistar uma posição social de igualdade.
Naquele 8 de marco de 1917, trabalhadoras russas protestaram contra a carestia, desigualdade social e degradação das condições de vida, e à esse protesto juntaram-se mais trabalhadores do setor metalúrgico. Esse movimento durou vários dias, o que culminou com a Revolução Russa.
Mulheres da Alemanha, Rússia, Estados Unidos, Dinamarca, Ucrânia, sempre ativas em protestar contra a desigualdade conseguiram o reconhecimento oficial de seu dia internacional em 1975 pela ONU.
E não basta nesse importante dia, simplesmente os chefes darem uma flor ou um mimo para suas funcionárias, gesto esse que já foi ridicularizado em muitos momentos, mas sim, entender de uma vez por todas a importância da mulher na sociedade, no trabalho, na economia das empresas e em todas as nações. Sua importância como ser humano deve ser sempre reverenciada, todos os dias do ano e todos os anos.
No transporte público, nos escritórios, nas fábricas, nas ruas, as mulheres além dessa igualdade tão almejada, querem também o direito de estarem vivas, pois em muitas situações, correm risco de morte pelo simples fato de serem mulheres, vítimas da misoginia, ódio e violência. Essa violência também praticada contra mulheres trans, que tiveram a coragem de adequar seu corpo à sua mente. A preocupação com o assédio é uma constante na vida dessas guerreiras, como mostra o documentário “Umas Às Outras”, da KL Films Productions. Depoimentos impactantes do dia a dia dessas mulheres que sofrem mais esse tipo de violência. Assistam o vídeo-documento logo abaixo, cerca de 30 minutos, vale a pena!
Mulheres são pessoas que têm a dádiva de dar a vida e somente por isso já deveriam ser lembradas como pessoas especiais.
Essa é minha humilde homenagem à essas guerreiras neste dia de comemoração.
Feliz 8 de março de 2024. Feliz Dia Internacional da Mulher.
Imagens, vídeo e pesquisa sobre o assunto:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher
https://catracalivre.com.br/cidadania/documentario-retrata-o-assedio-mulheres-no-transporte-de-sp/
Linda homenagem para as mulheres, as quais merecem todo nosso respeito.
Parabéns a todas Mulheres e ao grande autor desta homenagem.
Valeu Fabio!!!
Sermos reconhecidas em nossa força e nossa importância ainda segue, dia a dia, necessário… mas cada vez mais potente.
Belo texto!
Obrigado, querida, pela leitura e pelo comentário. Bjo!!